quinta-feira, 29 de maio de 2008

O Deus de Carne

Sinto-me profundamente inspirado!
Inusitadamente Deus fez cair um raio em minha cabeça.
Empenho todo o meu entusiasmo, lirismo e devoção, na convicção de estar escrevendo um livrinho cujo maior dos méritos consiste em erguer a voz, mesmo que rouca e fraca, em manifestação de louvor ao amor de Deus por nós.
O mesmo Deus que permitiu que uma menina de cinco anos fosse covardemente jogada por um frio assassino da janela do sexto andar de um apartamento?
- Sim, o mesmo Deus!
Nunca vi criança alguma se preocupar com o medo da morte, sua inocência lhe impulsiona intensamente à vida!, todavia, quanto a nós adultos, morrer, limite de nossa decadência temporal, significa o mais terrível dos acontecimentos, a eminência de nossa extinção, por isso, um ato tão brutal nos comove à revolta e a justiça com as próprias mãos. A morte nos preocupa porque estamos todos devendo algo à Deus e ao mundo, porque o salário do pecado é a morte (Rm. 6.23). A criança à eternidade nada deve, não há portanto o que nela temer.
O mesmo Deus que permitiu a um terremoto dizimar a vida de mais de nove mil chineses?
Sim, o mesmo Deus!
O que morreu para a república popular da China: seres humanos ou trabalhadores?
Se para eles fossem seres humanos, chorariam pouco seus mortos, mas como se tratavam de mão de obra barata e estudantes, três dias de luto oficial ainda não seriam suficientes. Nós ocidentais não estamos tão distantes disso.
Diante do caos, exaurido todas as possibilidades de esperança e alternativas possíveis de reconstrução daquilo que se perdeu, as nações se voltam para nós e perguntam: ... Onde está o seu Deus? (Sl. 115.2) . Nessas horas todos os outros deuses ficam mudos exigindo de nós uma resposta.
Muitos, pela ingenuidade herdada de seus pais exclamam:

Mas o nosso Deus está nos céus: faz tudo o que lhe apraz. (Sl. 115.3)

Jesus Disse: Eu sou o pão vivo que desce do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre;e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo (...). Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. (Jo. 6.51;56

Deus desceu do céu: ... o verbo se fez carne e habitou entre nós... (Jo. 1.14)

Deus se tornou homem para ensinar o homem a ser homem:

- Nós o invocamos como ideal de humanidade.

Deus se tornou homem para ensinar o homem, a partir do integralmente humano, como chegar a Deus:
- Nós o invocamos por ele ser Deus:
"... e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna." (1 Jo. 5.20)

Um comentário:

Luis Felipe Mayorga disse...

Interessante como o homem só cobra a ajuda de Deus nas catástrofes, mas nas vitórias e avanços toma para si todo crédito.